segunda-feira, 5 de maio de 2008

ANIMAIS EM EXTINÇÃO
Uma espécie ameaçada é uma espécie cujas populações estão decrescendo a ponto de colocá-la em risco de extinçao. Muitos países têm legislação que protege estas espécies, proibindo a caça e protegendo seus habitats, mas essa legislação tem se demonstrado insuficiente para evitar que um número crescente de espécies deixe de existir, sem que se tenha notícia deste fato.
Não há consenso sobre os critérios de inclusão de uma espécie na lista das ameaçadas. Há uma interpretação corrente de que a preservação de espécies ameaçadas é incompatível com a exploração económica do ambiente em que vivem, que deveria ser preservado como um santuário ecológico intocável.
Isto é verdade em alguns casos extremos, mas não em todos. Cresce o número de propostas de uso económico sustentável de habitats naturais, combinando agricultura com preservação da cobertura vegetal e portanto da diversidade da flora e da fauna.
No Brasil, a legislação tem feito alguns avanços nos últimos anos, embora na prática a falta de fiscalização e a impunidade dos infratores implique em que não seja respeitada.



CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO

O estado de conservação de uma espécie é um indicador da probabilidade de que esta espécie ameaçada continue a existir. Os factores usados nesta classificação incluem a amplitude de distribuição da espécie, o nível de ameaça a que está sujeita, a variação do tamanho da população, e outros.
Entre as classificações do estado de conservação das espécies animais e vegetais, a Lista Vermelha da UICN (União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) é a mais conhecida.

A
UICN usa as seguintes categorias:
Extinta EX: o último representante de espécie já morreu, ou se supõe que tenha morrido. Exemplo:
Dodo.
Extinta na natureza EW: existem indivíduos em cativeiro, mas não há mais populações naturais. Exemplo:
Dromedário.
Crítica ou criticamente ameaçada CR: sofre risco extremamente alto de extinção num futuro próximo.
Em perigo EN: sofre risco muito alto de extinção num futuro próximo.
Vulnerável VU: sofre alto risco de extinção a médio prazo. Exemplos:
Chita, camelo-bactriano
Quase ameaçada NT: ainda não sofre risco de extinção, mas as ameaças sobre ela são crescentes.
Segura ou pouco preocupante LC: não sofre ameaça imediata a sua sobrevivência.

Exemplos de espécies ameaçadas:
Mamíferos ameaçados
Antílope-tibetano (Pantholops hodgsonii)
Elefante-indiano (Elephas maximus)
Elefante-da-floresta (Loxodonta cyclotis)
Elefante-da-savana (Loxodonta africana)
Baleia-azul (Balaenoptera musculus )
Chimpanzé (Pan troglodytes)
Gorila-do-ocidente (Gorilla gorilla)
Gorila-do-oriente (Gorilla beringei)
Leopardo (Panthera pardus)
Lobo-vermelho (Canis rufus)
Morcego-cinza (Myotis grisescens)
Muriqui (Brachyteles arachnoides)
Orangotango (Pongo pygmaeus e Pongo abelii)
Panda-gigante (Ailuropoda melanoleuca)
Peixe-boi (Trichechus manatus)
Rinoceronte-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis)
Tigre (Panthera tigris)
Urso-polar (Ursus maritimus)
Veado (Elaphurus davidianus)

Aves ameaçadas
Arara-azul-de-lear
Arara-azul-grande
Arara-azul-pequena
Ararinha-azul
Araracanga ou Arara-piranga
Arara-de-barriga-amarela
Arara-vermelha
Bacurau-de-rabo-branco
Bicudo-verdadeiro
Cardeal-da-amazônia
Maracanã
Papagaio
Rolinha
Tucano-de-bico-preto

Répteis ameaçados
Tartaruga-marinha
Tartaruga-de-couro
Dragão-de-komodo
Jacaré-de-papo-amarelo


Peixes ameaçados
Tubarão-baleia (Rhincodon typus)

Crustáceos ameaçados
Caranguejo-amarelo (Gecarcinus lagostoma)

Artrópodes ameaçados
Borboleta-da-restinga (Parides ascanius)

domingo, 4 de maio de 2008

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Aquecimento global ameaça animais exóticos da Antártica
Pingüins e aves marítimas podem desaparecer

O aquecimento global pode fazer com que as populações de pingüins e aves marítimas da Antártica desapareçam. A conclusão alarmante é de um grupo de pesquisadores do Instituto Britânico de Pesquisa da Antártica, com base em Cambridge, na Grã-Bretanha. Eles observaram a população desses animais para conhecer melhor a relação entre o fenômeno e a fauna local. Os resultados foram publicados na revista científica 'Science'. A pesquisa teve início nos ano 60. Os especialistas tinham por objetivo entender a dinâmica da população dos pingüins adelaide (Pygoscelis adeliae) e imperador (Aptenodytes forsteri) e das aves marítimas (Pagodroma nivea). Mas os cientistas observaram alterações nas populações.
De acordo com Coxall, ainda é cedo para chegar a uma conclusão. O pesquisador explica que as três espécies são dependentes do mar congelado e apresentam alterações em resposta às mudanças climáticas.
No entanto, esse reflexo varia de acordo com a espécie e com o ciclo de reprodução. Coxell explica que os pengüins adelaides, por exemplo, parecem viver melhor quando há uma camada espessa de gelo durante o inverno.
Apesar de não ser possível concluir que as mudanças climáticas afetam de maneira negativa a fauna antártica, Coxell afirma que há uma maneira de evitar que o desaparecimento aconteça. Basta que os governos realizem ações como por em vigor o Protocolo de Kyoto para minimizar os efeitos das atividades humanas que aceleram o aquecimento regional e global.